
Preparo a mesa e ponho. Abro uma grande toalha na superfície, arrumo os pratos, os talhares, os copos, vou até a cozinha e faço os preparativos a serem degustados, sirvo, sento, como, sozinho. A solidão, de uns dias, é triste. Temos a mania, algumas vezes, de abrir a boca para dizer que podemos ser felizes sozinhos, mas são em pequenas situações que percebemos que isso é pura balela. É muito bom sentar ao sofá e ter mais dois olhos vislumbrando a Tv ao seu lado, é muito bom ficar sentado ao computador teclando e perceber um ar de curiosidade atrás de você bisbilhotando, mesmo que você insista em reclamar com a pessoa que te observa. Atos e mais atos de companherismo são sempre bem vindos, na amizade, no amor, na cumplicidade e até nas brigas, ninguém debate sozinho, ninguém beija sozinho, ninguém nem mesmo chora sozinho, choramos sempre por cadeias de relações humanas, culpados. Somos dependentes e eternamente carentes, somos compreendidos pelos outros e enraivecidos também. Somos grupo, somos clã, família, amigos, somos seres humanos nem sempre entendidos.


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