O brilho das estrelas é imenso, mas um dia se apaga, tudo um dia chega ao fim. Me embalo em sorrisos imensos, perdidos, que muitas vezes servem de abrigo, porto de ilusões criadas para enaltecer o meu Eu tão inconstante, incessante, inebriante por aventuras que saciem o meu peito, ainda aberto, mas certo que encontra-se perto a ser fechado. Viro rocha aos poucos, pedra fria, egoísta, com o passar dos anos torno-me cada vez mais dono do meu umbigo, já não ligo, me permito a essa realidade, é ela que me invade, aos poucos, lentamente, gerando o que sou hoje e me fazendo pensar como o amanhã será! Sou uma bola de cristal precisa, consigo ler todo o meu próprio destino em minhas mãos, sou eu que o construo, as cartas lançadas a mesa indicam uma direção, simplória, a vida, a minha vida, a realizo em passos cautelosos, sofro no meio do caminho, me derrubo de joelho a dezenas de pés, levanto e volto andar, percorrendo a estrada acabo virando personagem em outras vidas que se entrelaçam a minha, esse é o roteiro, essas passagens nos mudam, nos tornam mais humanos e influentes, mais felizes e as vezes mais tristes, somos desníveis de sentimentos, lamentos, características que nos tornam pedras; preciosas, duras; raras e muitas vezes únicas.
Escolha
Há 3 anos
Hummmm... interessante...
Mas deves ter o cuidado de não te tornares, de fato, uma dura e fria pedra...
A vida tende a nos tornar insensíveis, intolerantes, impacientes, mais duros com tudo e todos...
E com isso diminui os nossos momentos (oportunidades) de felicidade...
Mais uma vez, palavras precisas, minuciosamente colocadas no texto. Muito bom!