Me deslumbro com o novo, esqueço o antes, elejo as coisas que são importantes e tateio o incerto. A vida vem me trazendo através de marés suaves, permitindo que meu ser ache-se experiente, determinador, de situações que, aparentemente, já não são tão novas. Embriago o meu ego com perfumes repetidos, apenas perfumes, mas caracteres totalmente diferentes, viajo em teias sociais engraçadas, muitas vezes paradoxais, o que o destino me reserva? Até que porto meu veleiro é capaz de ir? Meu coração já não tem voz de comando, estou entregue a razão e dessa forma canto ao mundo o que venho procurando, tudo mapeado, apesar do objeto de orientação ser um papel em branco, traçado pela vontade, definido pelo querer e surpreso por realmente não saber o que vem a ser o tesouro que tento achar. Marujo do Ar que sou sigo os bons ventos, corro das chuvas, das neblinas, me estatelo em um por-do-sol e espero ouvir seu nome logo, logo, através de um assobio do tempo. Serás, enfim, minha bússola.
Escolha
Há 3 anos
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