Encontro-me calado. Os lábios já acostumaram-se um ao outro. Horas e mais horas em que a língua não encontra o céu da boca, tempos em que a saliva só serve de aperitivo para o estômago, ela já nem lubrifica mais os lábios, secos, inertes, invocados com toda situação vivida. Sou apenas um espectador, um ser que anda cumprindo ordens, que balança a cabeça em sinal positivo, que sorri, banalmente, quando percebe que trantam lhe indiferente. Muitos pregam a paz, todo tipo dela, carregam a bandeira do amor, da amizade, mas convenhamos que uma guerra muitas vezes salva o soldado, principalmente quando podemos berrar de alívio no final. Não sou pacifista, creio que 100% de paz não traz novidade, marasmo é uma palvra que cansa só de ler. Sei que calado não posso mais ficar, coragem tenho de sobra, sou a proatividade em pessoa, modéstia me falta, ser sincero é fundamental. Calado quem deve ficar é quem me propiciou nada falar.
Escolha
Há 3 anos
Postar um comentário