A vida gira e o mundo vai mudando, os dias passam e as horas vão consumindo as vontades mais escondidas, os desejos mais descompromissados, surgem os sussurros ao pé do ouvido, imaginários, as imagens dentro da caixola formam um mundo apressado, ideal, real? Irreal, oportuno, idealizado, são tantas expressões que querem  emergir, flutuar, se afirmar, são diversas razões, múltiplas sensações, são sentimentos individuais, evoluções de quereres, onda sublime, inconsciente, consciente de ser, ter e viver. Sonhar, se resguardar de dividir os desejos, expor, compartilhar os ideais mais reservados, confusão de intensões, indecisão por onde seguir, se vou demonstrar ou se vou continuar a insistir em negações que são pura balela. Minha verdadeira vontade era largar todos esse meandros confusos, essas falsas pistas, entregar-me de peito aberto, gritando ao mundo tudo o que verdadeiramente penso, sinto, desejo e quero, mas a sinceridade, nos dia de hoje, já não possuí o mesmo valor, meu amor, ela nos desarma, nos deixa crú, nus para uma sociedade julgadora, ingrata, ingrata, ingrata... Ingratidão é um prato que se serve, se come, causa indigestão e vontade de nunca esquecer, vontade de continuar fingindo que deverás eu nunca, de fato, nasci pra você, mesmo te amando absurdamente, calado e "incontente". Vontade, nunca me faltará!