Sem som, sem atitude, sem justificativas, silêncio. Aprendi que a ausência de palavras remete significados fortes, descobri que o ato de ignorar, deixar de lado, representa um não querer galopante. Repenso. Não devemos tentar destruir a barreira do silêncio alheio, principalmente quando não fomos nós que calou-se, temos que interpretar esse momento como a hora exata para recolher as malas e partir, voar, sumir. O orgulho é bagagem de mão, o amor, os atos, o futuro representam elementos que vão na mala principal, deixo para trás o passado, o vivido, as fotos, as cartas, tudo que me faz lembrar você. Caminho, mudo, calado perante o silencioso, o silenciado. Aviso: quando quiser me encontrar siga os passos que eu deixei ao partir, mas se um dia ainda me desejar saiba falar, mas não apenas palavras direcionadas, realizadas pelos lábios, mas palavras de um coração que queira ser preenchido e não esvaziado.
Escolha
Há 3 anos
Estou sempre lendo seus textos, uma pena que eu descobri o blog logo depois de você ter parado de escrever. Eu separei alguns deles e fiz até um roteiro de um curta que estou rodando, na verdade, um dos personagens cita algumas coisas suas... espero que não haja problemas. De qualquer jeito, parabéns pela maneira que escreve e principalmente pelos sentimentos tão destacados nas palavras.