Te vejo, tão distante, me olha de uma forma doce, com ternura, me deseja. Olhos nos olhos, a vida passa veloz, sinto uma explosão de sentimentos, um querer conturbado, um amor impedido, seu lugar é ao meu lado. As certezas nunca existiram, transparecia algo tão nítido e do nada ficou nublado, sentimentos escondidos, amores inacabados, empecílios conspiradores, onde a felicidade não pode ser vencedora. O ser se tortura, entrega-se a filosofias que utilizam o passado como parâmetro de coisas boas, mesmo não sendo, insegurança. Chora, lamenta, lembra, não soluciona, não segue em frente e parado fica a contemplar a porta que fechou-se a tempos, não abrirás. Porque não busca o novo? Não caí de cabeça no querer? Uma complicação sem explicação, cada dia tenho a crença, mais desenvolvida, que o sofrer trás mais prazer que o amor, o ser humano é confuso, se tortura, gosta, é estranho. Estou cada vez mais me tornando uma pessoa fria, penso que achei a verdadeira paixão da minha vida: eu mesmo, ainda mais em um mundo onde o amor próprio é tão reduzido e o sofrer por fotografias antigas é combustível para uma vida cheia de fantasmas, sendo grande prioridade da maioria das pessoas. Sigo em frente.
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Há 3 anos
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